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7 de Setembro de Lula conta com Moraes e ministros do STF

  • Foto do escritor: AJ
    AJ
  • 7 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

O desfile de 7 de Setembro organizado pelo governo Lula (PT), em Brasília, teve a presença de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), incluindo Alexandre de Moraes, alvo de protestos na Av. Paulista, em São Paulo, nesta tarde.


O que aconteceu


Lula chegou às 9h, sozinho, em carro aberto; a primeira-dama Janja da Silva não foi ao desfile. Pouco entusiasta de eventos militares, no ano passado ela chegou junto ao presidente para o tradicional evento.


A primeira-dama viajou para o Qatar. Em Doha, ela deverá participar de um evento sobre educação a convite da xeica do país, segundo informou a assessoria de Janja.


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi ao evento, enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não compareceu.


O objetivo de Lula é fazer um ato para "retomar a data", simbólica para o bolsonarismo. O desfile, de temática "Independência e Democracia", terá a presença de temas ligados ao governo, como vacinação e política internacional.


Além de Moraes, estão presentes o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e os ministros Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Edson Fachin e Gilmar Mendes.



Quando o ministro chegou e em alguns raros momentos de silêncio, foi possível ouvir o público gritar "Xandão" na arquibancada mais próxima ao local reservado às autoridades. Os presentes também gritaram o nome de Lula. Moraes é o principal alvo dos protestos em São Paulo. Organizado pelo pastor Silas Malafaia, o ato pedirá o impeachment do ministro e deverá contar com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


A ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, não compareceu. Na sexta (6), ela confirmou a colegas ter sido vítima de assédio sexual pelo então colega Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, demitido à noite por Lula.


Participaram 31 atletas da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris, a maioria deles militar. Como é costume, também desfilaram crianças de escolas públicas, que fizeram uma homenagem ao Rio Grande do Sul, estado que foi atingido por enchentes no primeiro semestre, com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB).


Distância do bolsonarismo



Desfilaram forças públicas que atuaram no Rio Grande do Sul, profissionais da saúde e um boneco do Zé Gotinha. Estudantes também levaram estandartes das bandeiras dos países participantes do G20, que será realizado no Rio de Janeiro, em novembro.


Um dos objetivos é afastar cada vez mais a data do bolsonarismo. Segundo pessoas que participaram da organização, o governo tenta restabelecer a data como uma celebração de Estado, como era antes da gestão Bolsonaro, que conseguiu tomar para si a comemoração.


Temas escolhidos a dedo para mostrar a marca da gestão Lula. Investimento na saúde pública, em contraposição a que foi feito durante a pandemia de covid-19, e avanços da pauta internacional são dois dos principais diferenciais do presidente em relação ao governo anterior.


Orçamento menor


O evento foi impactado pelos bloqueios feitos pelo governo. Com planejamento inicial de R$ 16 milhões, foi reduzido para R$ 13 milhões e fechou em R$ 10 milhões. O principal corte se deu em maquinário e número de militares que desfilam —principal gasto do cerimonial, considerando locomoção e hospedagem do contingente.


Helicópteros também foram cortados: eles custam cerca de R$ 10 mil por hora. Oito deles viriam da Base Aérea de Anápolis (GO), a cerca de 160 km da capital federal, e outro do Pará. Mas essa ideia foi cancelada.


Esquadrilha da fumaça foi mantida. A exibição tradicional do esquadrão aéreo é um dos pontos altos do desfile — do qual Lula também é um entusiasta. A apresentação terá custo de cerca de R$ 700 mil.

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